Skip to main navigation menu Skip to main content Skip to site footer

Articles

Vol. 12 (2025): Antropologia do Direito no Brasil: Rumos e Reflexões a partir do VIII ENADIR

“A presunção de inocência não existe; o sistema é uma máquina de moer gente”:: percepções de advogados criminais sobre as Audiências de Custódia no Rio de Janeiro

DOI
https://doi.org/10.19092/reed.v12.932
Submitted
October 28, 2024
Published
2025-07-22

Abstract

This paper aims to analyze the impact of custody hearings on the practice of criminal law in Rio de Janeiro, considering the conduct of this procedural protocol from the perspective of system operators. In this sense, data from a survey that combined methodological instruments in order to understand the perception of lawyers working in the criminal sphere of Rio de Janeiro regarding the practices of judicial institutions in conducting Custody Hearings are presented. The application of virtual questionnaires and open interviews indicate that custody hearings are ineffective in controlling the legality of the arrest by recognizing nullities. Furthermore, it asserts the difficulties of changing a decision on arrest/release during the trial of the case, as well as in the context of Habeas Corpus. Thus, it is concluded that the protocol cooperates to reinforce the presumption of guilt of the defendant, enabling the early fulfillment of the sentence, and making reported situations of police violence invisible. The data also draw attention to the fact that the predictability of decisions also guides the practice of criminal law.

References

  1. Abreu, J. V. F. D. (2019). A custódia das audiências: uma análise das práticas decisórias na Central de Audiências de Custódia (CEAC) do Rio de Janeiro [Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Sociologia e Direito, Universidade Federal Fluminense].
  2. Azevedo, R. G. de. (2017). Audiência de Custódia, Prisão Provisória e Medidas Cautelares: Obstáculos Institucionais e Ideológicos à Efetivação da Liberdade como Regra: Justiça Pesquisa. Conselho Nacional de Justiça.
  3. Bandeira, A. L. V. V. (2020). Audiências de custódia: percepções morais sobre violência policial e quem é vítima. São Paulo: Letramento.
  4. Brasil. Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em: 14 out. 2024.
  5. Brandão, N. B. (2020). As audiências de custódia na pandemia e a inquisitorialidade do processo penal. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social. Reflexões na Pandemia (seção excepcional). Disponível em: https://www.reflexpandemia.org/texto-45.
  6. Eilbaum, L. (2012). "O bairro fala": conflitos, moralidades e justiça no conurbano bonaerense. São Paulo: Editora Hucitec.
  7. Eilbaum, L., & Medeiros, F. (2015). Quando existe “violência policial”? Direitos, moralidades e ordem pública no Rio de Janeiro. Dilemas – Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 8(3), 407-428.
  8. Ferreira, M. A. (2013). A presunção da inocência e a construção da verdade: contrastes e confrontos em perspectiva comparada (Brasil e Canadá). Rio de Janeiro.
  9. Garau, M. G. R. (2020). “Silêncio no tribunal”: um estudo contrastivo das representações judiciais sobre crimes de tráfico de drogas no Rio de Janeiro e em Málaga na Espanha [Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito, Universidade Federal Fluminense].
  10. Garau, M. G. R. (2021). Os Modelos e a Mera Formalidade: Produção de Decisões e Sentenças em uma Vara Criminal da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Revista Antropolítica, 51, 85-110.
  11. Garau, M. G. R. (2022). “Essa gente inventa muita história”: representações judiciais sobre testemunhos (a)creditáveis no julgamento de casos de tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Vivência: Revista de Antropologia, 1(59).
  12. Jesus, M. G. M. de. (2010). O crime de tortura e a justiça criminal: Um estudo dos processos de tortura na cidade de São Paulo. São Paulo: IBCCrim.
  13. Kant de Lima, R., Amorim, M. S., & Burgos, M. (2003). Os Juizados Especiais no Sistema Judiciário Criminal Brasileiro: controvérsias, avaliações e projeções. Revista Brasileira de Ciências Criminais, 45, 153-180.
  14. Lages, L. B., & Ribeiro, L. (2024). Por que prender? A dinâmica das Audiências de Custódia em Belo Horizonte. Plural, 26(2), 200-221. https://doi.org/10.11606/issn.2176.
  15. Lima, R. K. (1989). Cultura jurídica e práticas policiais: a tradição inquisitorial. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 4(10), 65-80.
  16. Misse, M. (2008). A construção social do crime no Brasil: notas... In M. Misse (Org.), Acusados e Acusadores. Estudos sobre ofensas, acusações e incriminações (pp. 1-20). Rio de Janeiro: Revan/Faperj.
  17. Muniz, M. P. (2021). Polícia! Para quem precisa de justiça: como a magistratura representa a violência policial. Belo Horizonte, São Paulo: D’Plácido.
  18. Ribeiro, L. M. L., & Silva, K. A. (2012). Os presos provisórios no Rio de Janeiro: Discutindo Direitos Humanos e Cidadania a partir dos resultados de um survey. Sistema Penal & Violência, 3(2).

Downloads

Download data is not yet available.