Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Dossiê Administração Institucional de Crimes no Âmbito da Segurança Pública e da

v. 10 (2023): Dossiê Administração Institucional de Crimes no Âmbito da Segurança Pública e da Justiça Criminal em Perspectiva Empírica

Crime, violência e fronteira no Mato Grosso do Sul: Indicadores e representações

DOI
https://doi.org/10.19092/reed.v10.776
Enviado
setembro 24, 2022
Publicado
2023-08-31

Resumo

Partindo de dados levantados em diferentes pesquisas sobre criminalidade, violência e políticas de segurança na fronteira do Mato Grosso do Sul realizadas nos últimos anos, bem como de indicadores recentes sobre a segurança pública no estado, o artigo pretende articular esses dados e indicadores às dinâmicas e às representações da fronteira. Nesse sentido, inicia como uma reflexão sobre os problemas relativos às interpretações da fronteira como “lugar” do crime e da violência para, em seguida, qualificar alguns indicadores da segurança pública no estado e apresentar algumas percepções sobre a fronteira manifestadas por profissionais da segurança pública e da justiça que atuam na região da Grande Dourados. Entre outros resultados, destacamos que, além de estar situado em uma região de fronteira que impacta no número de apreensões de drogas e de prisões, Mato Grosso do Sul também está fortemente marcado pela violência contra os povos indígenas, o que coloca o desafio de pensar a fronteira no estado para além dos limites geográficos que separam o Brasil dos países vizinhos, mas também a partir das fronteiras internas - físicas e simbólicas - que confinam e submetem grupos vulneráveis à violência letal e à grave violação de direitos.

Referências

  1. Adorno, L., & Muniz, T. (2022). As 53 facções criminosas brasileiras. In Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Anuário Brasileiro da Segurança Pública 2018-2021 – Especial Eleições 2022 (pp. 12-24).
  2. Albuquerque, J. L. C. (2010). A dinâmica das fronteiras: os “brasiguaios” na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. São Paulo: Annablume-Fapesp.
  3. Alvarez, M. C., & Salla, F. (2012). Violência e fronteiras no Brasil: tensões e conflitos nas margens do Estado-nação. In 34º Encontro Anual da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação (ANPOCS), Caxambu, Minas Gerais.
  4. Barreira, C., & Adorno, S. (2010). A violência na sociedade brasileira. In C. B. Martins, & H. H. Souza (Coords.), Horizontes das Ciências Sociais no Brasil (pp. 303-374). São Paulo: Barcarolla.
  5. Caldeira, T. P. R. (2000). Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Edusp.
  6. Cardin, E., & Albuquerque, J. L. C. (2018). Fronteiras e deslocamentos. Revista Brasileira de Sociologia, 6(12), 114-131.
  7. Cerqueira, D. et al. (2021). Atlas da violência 2021. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
  8. Chamorro, G., & Combès, I. (Orgs.). (2015). Povos indígenas em Mato Grosso do Sul: história, cultura e transformações sociais. Dourados: Editora UFGD.
  9. Conselho Indigenista Missionário. (2019). Relatório – Violência contra os povos indígenas no Brasil – Dados de 2018. Brasília: Conselho Indigenista Missionário.
  10. Conselho Indigenista Missionário. (2021). Relatório – Violência contra os povos indígenas no Brasil – Dados de 2020. Brasília: Conselho Indigenista Missionário.
  11. Conselho Indigenista Missionário. (2022). Relatório - Violência contra os povos indígenas no Brasil – Dados de 2021. Brasília: Conselho Indigenista Missionário.
  12. AUTOR, (2022).
  13. ____.(2018).
  14. ____. (2018). AUTOR
  15. Faisting, A. L., & Carbonari, W. (2016). Representações da violência na fronteira: um estudo a partir de municípios da Grande Dourados, MS. Tempo da Ciência, 23(46), 23-35.
  16. Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (2022). Anuário brasileiro de segurança pública 2021. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
  17. Garland, D. (1990). Punishment and Modern Society: A Study in Social Theory. Chicago: The University of Chicago Press.
  18. Garland, D. (2008). A cultura do controle: crime e ordem social na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Instituto Carioca de Criminologia.
  19. Goettert, J. (2013). A fronteira, a violência como o outro geográfico e um cotidiano de relações múltiplas (ou aquilo que não se mostra). In E. Cardin (Org.), As múltiplas faces das fronteiras (pp. x-x). Curitiba: Editora CRV.
  20. Hirata, D. (2015). Segurança pública nas fronteiras: apontamentos a partir do “Arco Norte”. Ciência e Cultura, 67(2), 30.
  21. Kleinschmitt, S. C. (2016). As mortes violentas na Tríplice Fronteira: números, representações e controle social. Estudo comparativo entre Brasil, Paraguai e Argentina [Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul].
  22. Lima, R. K., & Baptista, B. G. L. (2014). Como a Antropologia pode contribuir para a pesquisa jurídica? Um desafio metodológico. Anuário Antropológico, 39(1), 9-37.
  23. Martins, J. S. (2008). Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano. São Paulo: Contexto.
  24. Misse, M. (2006). Crime e violência no Brasil contemporâneo: estudos de Sociologia do crime e da violência urbana. Rio de Janeiro: Editora Júmen Juris.
  25. Neves, A. J. et al. (2016). Segurança pública nas fronteiras – Arco Central. Brasília: Ministério da Justiça e Cidadania, Secretaria Nacional de Segurança Pública.
  26. Novaes, A. R. (2010). Fronteiras mapeadas: geografia imaginativa das fronteiras Sul-americanas na cartografia da imprensa brasileira [Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro].
  27. Porto, M. S. (2010). Sociologia da violência: do conceito às representações sociais. Brasília: Editora Francis.
  28. Porto, M. S. (2012). Violência e meios de comunicação de massa na sociedade contemporânea. Sociologias, 4(8), 152-171.
  29. AUTOR, (2021).
  30. Renovato, E. A., & Faisting, A. L. (2021). Fronteiras e deslocamentos: Percepções de brasileiros(as) que estudam Medicina em Pedro Juan Caballero (Paraguai). In C. Reis, E. A. Oliveira, & N. Moura (Orgs.), A pesquisa em Ciências Sociais em Mato Grosso do Sul: diálogos cruzados (pp. 249-269). São Carlos: Pedro & João Editores.
  31. Salla, F., Alvarez, M. C., & Oi, A. H. (2011). Homicídios na faixa de fronteira do Brasil, 2000-2007. São Paulo: Núcleo de Estudos da Violência da USP.
  32. Silva, L. A. M. (2004). Sociabilidade violenta: por uma interpretação da criminalidade contemporânea no Brasil urbano. Sociedade e Estado, 19(1), 53-84.
  33. Silveira, A. M., & Guimarães, I. P. (Orgs.). (2016). Conexões (trans)fronteiriças: mídia, noticiabilidade e ambivalência. Foz do Iguaçu: EDUNILA.
  34. Werneck. A., & Talone, V. (2019). A “sociabilidade violenta” como interpretante efetivador de ações de força: uma sugestão de encaminhamento pragmático para a hipótese de Machado da Silva. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 12(1), 24-61.

Downloads

Não há dados estatísticos.