Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 12 (2025): Antropologia do Direito no Brasil: Rumos e Reflexões a partir do VIII ENADIR

CRÍTICA ECOLÓGICA, DESIGUALDADES AMBIENTAIS E EPISTEMOLOGIAS DECOLONIAIS

DOI
https://doi.org/10.19092/reed.v12.945
Enviado
novembro 13, 2024
Publicado
2025-07-22

Resumo

O trabalho busca investigar aportes teórico-práticos e metodológicos voltados às análises da relação entre a crítica ecológica e a questão racial, trilhando as perspectivas emergentes na literatura afiliada ao campo dos estudos negros críticos, estudos feministas decoloniais e epistemologias afroameríndias, além da crítica construída a partir da ecologia política e da sociologia ambiental. Tais movimentos partem da problematização de que as abordagens mais correntemente adotadas carecem de uma imbricação maior entre devastação ecológica, capitalismo, colonialidade e negritude, que seja capaz de aprofundar o entendimento e a formulação da ideia de racismo ambiental. De outro lado, observa-se a preocupação de tal literatura com a construção de imaginários políticos que os conhecimentos tecidos "nas bordas das plantations" permitem evidenciar. Interessa-nos o potencial analítico dessas reflexões para compreender a dinâmica de conflitos ambientais em territórios tradicionais no Brasil.

Referências

  1. Acselrad, Henri (2004). Justiça Ambiental: ação coletiva e estratégias argumentativas. In H. Acselrad, J. A. Pádua & S. Herculano (Orgs), Justiça Ambiental e Cidadania. Rio de Janeiro: Relume-Dumará.
  2. Acselrad, Henri (2010). Ambientalização das lutas sociais - o caso do movimento por justiça ambiental. Estudos Avançados, 24 (68), 103-119. https://doi.org/10.1590/S0103-40142010000100010
  3. Acselrad, Henri (2020, 18 de setembro). O antiambientalismo de resultados. A Terra é Redonda (Site). Disponível em: https://aterraeredonda.com.br/tag/henri-acselrad/
  4. Acselrad, Henri (2022). Prefácio. Neoextrativismo e autoritarismo: afinidades e convergências. Rio de Janeiro: Garamond (pp. 7-10).
  5. Agamben, Giorgio (2004). Estado de Exceção. Tradução de Iraci D. Poleti. São Paulo: Boitempo.
  6. Almeida, Alfredo W. B. (2022). Novas plantations: efeitos brutais e desumanidade. Conflitos no campo: Brasil, 2021, Centro de Documentação Dom Tomas Balduino – Goiânia: CPT Nacional.
  7. Almeida, Alfredo Wagner Berno de. (2008). Terra de quilombo, terras indígenas, “babaçuais livre”, “castanhais do povo”, faixinais e fundos de pasto: terras tradicionalmente ocupadas. Manaus: PGSCA–UFAM, 2.ª ed.
  8. Almeida, Alfredo Wagner Berno de; Mourao, Laís (2017). Questões Agrárias no Maranhão Contemporâneo. Manaus: UEA Edições.
  9. Aravamudan, Srinivas (2013). The Catachronism of Climate Change. Diacritics., 41 (3), 6-30.
  10. Balibar, Étienne (2019). Sur la situation des migrans dans le capitalisme absolu. Les Possibles, 19. https://france.attac.org/nos-publications/les-possibles/numero-19-hiver-2019/dossier-des-migrations-et-discriminations-aux-gilets-jaunes/article/sur-la-situation-des-migrants-dans-le-capitalisme-absolu
  11. Beckford, George (1972). Persistent Poverty: Underdevelopment in Plantation Economies of the Third World. New York: Oxford University Press.
  12. Bobbio, Norberto (1992). A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus.
  13. Bullard, Robert (1993). Anatomy of Environmental Racism and the Environmental Justice Movement. In R. Bullard (org), Confronting Environmental Racism: Voices from the Grassroots. Boston, MA: South End Press (pp.15-39)
  14. Bullard, Robert (2005). Ética e racismo ambiental. Revista Eco 21, XV (98), s/p. . http://www.eco21.com.br/textos/textos.asp?ID=996.
  15. Cabnal, Lorena (2015, 28 de outubro). A recuperação do corpo como território de defesa. Revista Geni. https://revistageni.org/10/a-recuperacao-do-corpo-como-territorio-de-defesa/
  16. Charbonier, Pierre (2021). Abundância e liberdade: uma história ambiental das ideias políticas. Tradução Fábio Mascaro Querido. 1ª edição – São Paulo: Boitempo.
  17. Chauí, Marilena; Santos, Boaventura de Sousa (2013). Direitos Humanos, Democracia e Desenvolvimento. São Paulo: Cortez.
  18. Chavis Jr, Benjamin; Lee, Charles (1987) Toxic Wastes and Race in the United States: A National Report on the Racial and Socio-Economic Characteristics of Communities with Hazardous Waste Sites. Nova York: Commission for Racial Justice, United Church of Christ..https://www.nrc.gov/docs/ML1310/ML13109A339.pdf
  19. Chavis Jr., Benjamin (1993). Foreword. In R. Bullard (org), Confronting Environmental Racism: Voices from the Grassroots. Boston, MA: South End Press (pp. 3-5)
  20. Comissâo Pastoral da Terra (2022). Conflitos no campo: Brasil, 2021. Goiania: CPT Nacional.
  21. Conselho Indigenista Missionário (2022). Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil. https://cimi.org.br/2022/08/relatorioviolencia2021/.
  22. Crenshaw, Kimbèrle (2017, 23 de dezembro) Mapeando as margens: interseccionalidade, políticas de identidade e violência contra mulheres não-brancas. Portal Geledes. Tradução de Carol Correia. https://www.geledes.org.br/mapeando-as-margens-interseccionalidade-politicas-de-identidade-e-violencia-contra-mulheres-nao-brancas-de-kimberle-crenshaw%E2%80%8A-%E2%80%8Aparte-1-4/
  23. Fanon, Frantz (2008). Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA.
  24. Ferdinand, Malcom (2022). Uma ecologia decolonial: pensar o mundo a partir do mundo caribenho. Tradução Letícia Mei. 1ª edição. São Paulo: Ubu.
  25. Global Witness (2022, 29 de setembro). Década de resistência: Dez anos informando sobre o ativismo pela terra e pelo o meio ambiente ao redor do mundo. https://www.globalwitness.org/pt/decade-defiance-pt/
  26. Haraway, Donna (2016). Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. ClimaCom – Vulnerabilidade, 3 (5) https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/antropoceno-capitaloceno-plantationoceno-chthuluceno-fazendo-parentes/.
  27. Hare, Nathan (1970). Black Ecology. The Black Scholar, 1 (6), 2–8. http://www.jstor.org/stable/41163443
  28. Justiça Global (2021, 21 de janeiro). Informe à Relatoria Especial da ONU sobre Defensores de Direitos Humanos. Ofício JG n° 09/2021. http://www.global.org.br/wp-content/uploads/2021/05/Informe-criminaliza%C3%A7%C3%A3o-socioambiental-1-1.pdf
  29. Justiça Global; Terra de Direitos (2023). Na linha de frente : violência contra defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil : 2019-2022. 1. Edição. Curitiba, PR : Terra de Direitos : Justiça Global.
  30. Karera, Axelle (2019) Blackness and Pitfalls of the Anthropocen Ethics. Critical Philosophy of Race, 7 (1), 32-56.
  31. Laval, Christian; Dardot, Pierre (2019, 30 de julho). O neoliberalismo só se sustenta e se reforça porque governa mediante a crise. Revista IHU On-line. https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/economia/59698/o-neoliberalismo-so-se-sustenta-e-se-reforca-porque-governa-mediante-a-crise
  32. Lopes, José Sérgio Leite (2006). Sobre processos de "ambientalização" dos conflitos e sobre dilemas da participação. Horizontes Antropológicos [online]. v. 12, n. 25 (pp. 31-64)
  33. Lugones, María (2008). Colonialidade e gênero. Tabula Rasa (9), 73-101.
  34. Malm, Andreas; Zetkin, Collective (2021). White skin, black fuel: on the Danger of fascismo fóssil. London and New York: Verso.
  35. Mbembe, Achille (2019a). Crítica da Razão Negra. 3ª ed. São Paulo: N-1 Edições.
  36. Mbembe, Achille (2019b). Necropolítica .Biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. 3ª reimp. São Paulo: N-1 edições.
  37. Mbembe, Achille (2022). Brutalismo. 2ª ed. São Paulo: N-1 Edições.
  38. Mckittrick, Katherine (2013). Plantation Futures. Small Axe - a carribean journal of criticismo (online). Vol. 17, n. 3, p.1–15.
  39. Mendieta, Eduardo (2019). Edge City: Reflections on the Urbanocene and the Plantatiocene. Critical philosophy of race, vol. 7, nº. 1 (pp. 81-106)
  40. Moolet, S. 2017. Irreconcilable differences? A postcolonial intersectional reading of gender,development, and human rights in Latin America. Gender, Place and Culture, 24 (1).
  41. Moore, Sophie Sapp; AROSOAIE, Aida (2022, 14 de junho) Plantation Worlds. Society for Cultural Anthropology. American Anthropological Association, 14 jun 2022. https://culanth.org/fieldsights/plantation-worlds.
  42. Opperman, Romy (2019). A permanent struggle against an omnipresent death. Revisiting Environmental Racism with Frantz Fanon.Critical philosophy of race, 7 (1), 57-80
  43. Opperman, Romy (2020, 3 de agosto). We need histories of radical black ecology now. Black Perspectives. https://www.aaihs.org/we-need-histories-of-radical-black-ecology-now/.
  44. Orwell, George. 1984. Tradução de Wilson Velloso.23ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional.
  45. Pellow, David (2016). Toward a Critical Environmental Justice Studies: Black Lives Matter as an Environmental Justice Challenge. Du Bois Review Social Science Research on Race, 13(2), 221-236.
  46. Pellow, David; Brulle, Robert J. Power (2005). Justice and the Environment: Toward Critical Environmental Justice Studies. In D. Pellow & R. Brulle (orgs), Power, Justice and the Environment: A Critical Appraisal of the Environmental Justice Movement. Cambridge, MA: The MIT Press.
  47. Porter, Jayson M.; Rodriguez, Meztli Y (2020, 16 de setembro). On dying land: afterlife of toxicity in an Afro-Mexican Community. Black Perspectives. https://www.aaihs.org/on-dying-land-the-afterlife-of-toxicity-in-an-afromexican-community/
  48. Pulido, Laura (2015) Geographies of race and ethnicity I: White supremacy vs privilege in environmental racism research. Progress in Human Geography, 39 (6), Progress in Human Geography , 39 (6), 809-817. https://doi.org/10.1177/0309132514563008
  49. Pulido, Laura (2016). Geographies of race and ethnicity II: environmental racism, racial capitalism and state-sanctioned violence. Progress in Human Geography, 41 (4), 524-533. https://doi.org/10.1177/030913251664649
  50. Pulido, Laura (2017). Geographies of race and ethnicity III: colonialism of settlers and non-native people of color. Progress in Geography, 42 (2), 309-318, https://doi.org/10.1177/0309132516686011
  51. Pulido, Laura; De Lara, Juan (2018). Reimagining ‘justice’ in environmental justice: Radical ecologies, decolonial thought and the Black Radical Tradition. Environment and Planning E: Nature and Space 1 (1-2), 76–98. https://doi.org/10.1177/2514848618770363
  52. Quijano, Aníbal e Wallerstein, Immanuel (1992) La Americanidad como concepto, o América en el moderno Sistema Mundial. Revista Internacional de Ciencias Sociales. Barcelona, vol. XLIV, n° 4, p. 583-593.
  53. Rede Brasileira de Justiça Ambiental (2011). Declaração de Princípios da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. Niteroi: Rede Brasileira de Justiça Ambiental.
  54. Roane, J.T; hosbey, Justin. Mapping Black Ecologies (2022). Current research in Digital History, 2. https://crdh.rrchnm.org/essays/v02-05-mapping-black-ecologies.
  55. Robinson, Cedric (1983). Black Marxism: The Making of the Black Radical Tradition. London: Zed Press.
  56. Santos, B. de S. Para além do pensamento abissal: das linhas globais à ecologia de saberes. Novos Estudos CEBRAP, (79), 71–94. https://doi.org/10.1590/S0101-33002007000300004
  57. Thiollent, Michel (1985) Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez.
  58. Ulloa, Astrid (2016). Feminismos territoriales en América Latina: defensas de la vida frente a los extractivismos. Nómadas, (45), 123-139. Colombia: Universidad Central
  59. Vergès, Francoise (2017). Racial Capitalocene - Is the Anthropocene racial? Verso Books. https://www.versobooks.com/blogs/3376-racial-capitalocene .
  60. Wynter, Sylvia (1971, 5 de junho). Novel and History, Plot and Plantation. Savacou. pp 95-102

Downloads

Não há dados estatísticos.