Este trabalho se baseia em uma análise comparativa sobre os efeitos da superlotação no trabalho de segurança socioeducativa. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com trabalhadores de segurança socioeducativa oriundos de dois contextos diversos no que se refere à superlotação: Amazonas e Rio de Janeiro. Com base em tais entrevistas, será possível compreender que o atual momento de diminuição da superlotação em ambos os contextos não causou os mesmos efeitos na jornada de trabalho e nas vidas desses trabalhadores: enquanto os socioeducadores amazonenses afirmam que o fim da superlotação impactou positivamente suas vidas pessoais e suas rotinas de trabalho, os agentes de segurança socioeducativa fluminenses não indicam mudanças profundas no estado do Rio de Janeiro.