Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 4 n. 1 (2017): Revista de Estudos Empíricos em Direito

Uma leitura da produção de estatísticas de homicídios em Salvador

DOI
https://doi.org/10.19092/reed.v4i1.201
Enviado
fevereiro 14, 2017
Publicado
2017-02-14

Resumo

A pesquisa descreve e analisa a produção de estatísticas de homicídios em Salvador, de 2011 a 2013, as quais compreendem desde o momento em que um corpo é encontrado até sua posterior incorporação como dado estatístico, passando pela fase de registro inicial à comunicação oficial ao Secretário de Segurança Pública. Vale-se, metodologicamente, de entrevistas semiestruturadas, observação de locais e práticas e análise da legislação que estrutura a produção estatística. Os resultados obtidos apontam para uma importante produção de números, porém, esses não têm permitido leituras claras, que possibilitem à própria Secretaria, reduzir, por meio de políticas públicas, as taxas de homicídios que atingem uma população específica: negros, jovens e moradoresde áreas densamente habitadas.

Referências

  1. Alvarenga, J. P.(2014). Matar alguém por motivo fútil: um olhar crítico acerca dos homicídios no baixo São Francisco a partir das estatísticas oficiais. In: Mendonça Filho, M.,Ferreri, M. A. Instituições e cotidiano: formas e intensidades no enfrentamento do comum. Aracaju, UFS.
  2. Athayde, C.; Bill, M.; Soares, L. E. (2005). A relação é o que não se vê. In: _____. Cabeça de Porco. Rio de Janeiro: Objetiva, p. 172.
  3. Batitucci, E. C. (2007). As limitações da contabilidade oficial de crimes no Brasil: o papel das instituições de pesquisa e estatística. São Paulo em Perspectiva, 21 (1), p. 7-18, jan./jun.
  4. Bandarra, E.P.; Sequeira, J. L. (1999).Tanatologia: fenômenos cadavéricos transformativos. In: Rev. Educ. conti. CRMV-SP. São Paulo, 2, fascículo 3, p. 72-76.
  5. Cappi, R. O olhar que não se vê: figuras da alteridade e formas de controle. In.:Correia Júnior, Rubens. Criminologia do Cotidiano: crítica às questões humanas através das charges de Carlos Latuff. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014, p. 245-262.
  6. Cerqueiro, D. (2013). Mapa dos homicídios ocultos no Brasil. Texto para discussão. Brasília: IPEA.
  7. Durante, M. O.; Junior, A. O. (2012). A produção de estatísticas e indicadores de segurança pública no Brasil em perspectiva histórica e a criação do Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça Criminal (SINESPJC). In: BRASIL. Anuário brasileiro de segurança pública 2012. Ministério da Justiça.
  8. FCCV. (2002). O rastro da violência em Salvador – II: mortes de residentes em Salvador, de 1998 a 2001. Salvador: UFBA.
  9. Freitas, F. S. (2015). Discursos e práticas das políticas de controle de homicídios: uma análise do “Pacto pela vida” do Estado da Bahia (2011-2014). Dissertação de Mestrado. Brasília: UNB.
  10. Guimarães, R. (2011). O papel do desemprego nas altas taxas de homicídio entre os jovens no Brasil Metropolitano. In: Secretaria Nacional de Segurança Pública. Segurança, justiça e cidadania: o panorama dos homicídios no Brasil. Ano 03,6. ISSN: 2178-8324.
  11. Lima, R. S. (2008). A produção da opacidade: estatísticas criminais e segurança pública no Brasil. Novos Estudos. CEBRAP 80, p. 65-69.
  12. Machado, M. R. (2013). Contra a departamentalização do saber jurídico: a contribuição dos estudos de caso para o campo direito e desenvolvimento. Silveira, V. et al. (org.). Direito e Desenvolvimento no Brasil do Século XXI. Brasília: Ipea, p. 177‐200.
  13. Mendonça, M. C.; Costa, J. P.(1994). Antropologia Forense. In: Revista Arquivos de Medicina, 8 (6), p. 405-412.
  14. Monjardet, D. (1996). Ce que fait la police: Sociologie de la force pulique. Paris : La Découverte.
  15. Pita, M. V. (2010). Formas de morir y formas de vivir: activismo contra la violencia policial. Buenos Aires: Del Puerto.
  16. Reis, V. M. S. (2005). Atucaiados pelo Estado: as políticas de segurança pública implementadas nos bairros populares de Salvador e suas representações, 1991 - 2001. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Pós-Graduação em Ciências Sociais, Universidade Federal da Bahia – UFBA, Salvador.
  17. Ribeiro, L. M. L. Vargas, J. D. (2008). Estudos de fluxo de justiça criminal: balanço e perspectivas. In.: 32º Encontro Anual da ANPOCS, 2008, Caxambu. ISSN 2177 3092.
  18. Santos, P. C.; Peres, M. F. T. (2005). Mortalidade por homicídios no Brasil na década de 90: o papel das armas de fogo. Revista Saúde Pública- Homicídios e arma de fogo, São Paulo, p. 58-66.
  19. Soares, Gláucio Ary Dillon. (2000). Homicídios no Brasil: vários factóides em busca de uma teoria. Relatório parcial do projeto Covariatas Macroestruturais do Homicídio no Brasil. Conselho latino Americano de Ciências Sociais, Flórida.
  20. Waiselfisz, J. J. (2012). Mapa da Violência 2012: a cor dos homicídios no Brasil. Rio de Janeiro: Cebela, Flacso; Brasília: SEPPIR/PR.
  21. Waiselfisz, J. J. (2013). Mapa da Violência 2013: homicídios e juventude no Brasil. Rio de Janeiro: Cebela, Flacso.
  22. Waiselfisz, J. J. (2015). Mapa da Violência 2015: Mortes Matadas por Arma de Fogo. Brasília: Flacso.
  23. Valkener, C. Vincent, F. (2007). Lex statistiques criminelles: données chiffrées (Belgique) et enjeux metodologiques. In: ____. Manuel de Sociologies policières. Bruxelles: Larcier.
  24. UNODC. Global Study on Homicide 2013. Genebra, p. 22.

Downloads

Não há dados estatísticos.